caríssimos,
às vezes a gente se pergunta o que é isso de fazer arte e, como não encontra resposta, a gente continua perguntando e fazendo...
feliz ou infelizmente, somos dependentes de instituições culturais que deveriam nos dar fomento, apoio, incentivo, divulgação etc... e não apenas ceder um espaço e um cachê (como se isso fosse um favor ou qualquer coisa que o valha!).
nós do projeto cadaFalso lamentamos muito ao dizer que foi exatamente isso o que ocorreu com a realização na nossa quarta literária BREU (28.07), no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura: descaso, constrangimento, tratamento discriminatório, ofensa verbal, dentre outros.
às vezes a gente se pergunta o que é isso de fazer arte e, como não encontra resposta, a gente continua perguntando e fazendo...
feliz ou infelizmente, somos dependentes de instituições culturais que deveriam nos dar fomento, apoio, incentivo, divulgação etc... e não apenas ceder um espaço e um cachê (como se isso fosse um favor ou qualquer coisa que o valha!).
nós do projeto cadaFalso lamentamos muito ao dizer que foi exatamente isso o que ocorreu com a realização na nossa quarta literária BREU (28.07), no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura: descaso, constrangimento, tratamento discriminatório, ofensa verbal, dentre outros.
demoramos a trazer a questão a público porque estávamos – durante esses TRÊS MESES! – tentando conversar com a Presidência e com a ouvidoria do Dragão do Mar para entendermos o ocorrido... o problema é que não recebemos nenhuma palavra, nenhum telefonema e nenhum atendimento pessoal...
não conseguimos compreender uma ouvidoria que não dá ouvidos... nem tampouco entendemos que uma ouvidoria esteja sujeita à presidência ou qualquer outro setor de uma instituição, visto que a sua função mais básica é a isenção e o acompanhamento crítico dessa mesma instituição...
PARA QUE TODOS COMPREENDAM, EIS UM PEQUENO RELATO:
Durante a nossa apresentação da instalação brEu (28.07), no Auditório do Dragão do Mar, ocorria, na mesma hora, um evento particular de degustação de vinhos, na entrada do auditório, no espaço mix. A questão é que a falta de organização da produção do evento privado e do Centro Cultural geraram alguns sérios problemas:
1. não se pode realizar um evento que atrapalhe outro... nem que bloqueie a entrada (e a saída) de outro evento, entendendo que o centro cultural se trata de um espaço múltiplo, em que vários eventos deverão ocorrer ao mesmo tempo;
2. não se pode constranger o público, que foi assistir ao um evento gratuito e que consta na programação oficial do centro cultural, a passar correndo por dentro de um evento alheio e privado (que sequer constava na programação). PIOR: não se pode impedir o público de entrar nesse evento, pelos mesmos motivos (pelo menos QUATORZE pessoas nos ligaram ou mandaram emeios fazendo tal reclamação: foram barradas e tiveram que voltar pra casa);
3. não se pode disponibilizar um espaço para uma apresentação artística e, ao final, os artistas se virem carregando catrevagens pesadas e com a cara cheia de maquiagem, tendo de atravessar pessoas e descer escadas para usar um banheiro em um local distante da apresentação, visto que havia DOIS banheiros a apenas 20m do auditório, os quais não nos foi permitido acessar pois estavam RESERVADOS para um evento particular. PIOR: não se pode permitir que seguranças privados façam uso de força física durante essa ação (já em si descabida!);
4. não conseguimos conceber como um espaço de arte tão importante para a cultura do nosso estado tenha em sua diretoria alguém que bate-boca com os artistas e com o público e que, por ter sido contrariada, faz afirmações do tipo: "precisamos escolher melhor quem vai se apresentar aqui", palavras da senhora Isabel Cristina, referindo-se a um dos artistas que se apresentaram. QUESTÃO 1: trata-se de um centro cultural ou de um supermercado? sentimo-nos como laranjas estragadas!!! QUESTÃO 2: o outro evento foi "ESCOLHIDO" por qual critério mesmo?
5. Gostaríamos de lembrar que o projeto cadaFalso havia sido CONVIDADO para participar do Quarta Literária Especial comemorativo do Dia do Escritor, e acreditamos que isso se deu porque já tínhamos feito duas outras apresentações no centro cultural, as quais têm servido de parâmetro estético para muita gente que faz arte nessa cidade, além de terem dado uma guinada de público nos dois projetos de literatura dessa instituição.
Lamentamos muito o ocorrido e gostaríamos de ter tido algum tipo de explicação ou retratação da diretoria (nem que fosse por emeio)... Infelizmente, isso nunca ocorreu! A ouvidoria se mostrou uma farsa!
QUEREMOS DENUNCIAR AQUI O TRATAMENTO DISCRIMINATÓRIO POR PARTE DO CENTRO CULTURAL DRAGÃO DO MAR E O DESCASO E NEGLIGÊNCIA POR PARTE DA SUA OUVIDORIA E PRESIDÊNCIA...
E mesmo que o nosso ato tímido não surta maiores efeitos, fica o desabafo e o registro, e a certeza de que trabalhamos para o entendimento da arte como um bem público... Reconhecemos a importância do Centro Cultural e, por isso, chamamos a atenção de todos para as ações equivocadas – se não autoritárias – de sua atual administração.
projeto cadaFalso
fortaleza, 21 de outubro de 2010.
2 comentários:
Postar um comentário