altar ego

No inicio era o silêncio e Este se fez fêmea e rebentou com o mundo. O mundo era habitado por monstros que arrulhavam e destruíam o criado. Assim brotou o macho: destruição e ânsia de criar dor. Foi do charco saído do primeiro humano passo que brotou a fé e com ela a elevação do membro. Amo aquilo que me devora. Amo aquilo que me desfaz. Amo o amor que ilumina e aquece a treva que guardo. Herança daquele sincopado instante. Junto tudo agora e me refaço: eu sou o homem a mulher e o que há entre ... eu sou o que é. Sou a folha o fruto o caule a raiz e tudo que não se sabe entre. Sou o sumo. Sou o meio. Sou a ponte. Sou a travessia de mim. Sou o que não pode ser só. E assim me fiz. E assim me quis.

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